Roberto Argenta: "Empreendedor tem que ter cara e coragem"

O empresário Roberto Argenta ministrou uma palestra em Santa Cruz nesta quarta-feira, dia 14, à noite no auditório da Assemp, onde abordou diversos temas em voga na atualidade, como empreendedorismo, mudanças necessárias na legislação, investimentos prioritários, entre outros. Ele também abordou a sua pré-candidatura ao Governo do Estado. Leia a seguir, alguns trechos de uma entrevista concedida instantes antes da palestra:

O que levou o senhor a ser um dos mais admirados empresários do Estado?

Roberto Argenta – É um trabalho de 47 anos que a gente faz à frente da Calçados Beira Rio. A gente tem muito sucesso, com muita dedicação e muito foco e investimento. Durante esse período também fomos a gente foi construído outros negócios como a Faculdade Professor Antônio Meneghetti e o Recanto Maestro. A faculdade funciona muito bem. Tem gente de todos os estados brasileiros, que vem fazer cursos. Ainda tem as Termas Romanas, hotéis e restaurante, enfim, criou um complexo educacional e cultural muito forte lá. Inclusive gerentes e diretores da Calçados Beira Rio fazem cursos e isso cria uma dinâmica muito forte.

Qual a maior dificuldade para o empresário empreender?

Roberto Argenta – Tem que ter cara e coragem. Dificuldades sempre tiveram e sempre vão ter. Principal é ter coragem olhar os bem sucedidos e não acreditar nas teses tudo vai acabar. Não, o mercado sempre existiu e sempre vai existir. As pessoas que tem procurar mirar naqueles que vão bem e ver o que é bem feito ali. E é preciso persistência. Vai ter períodos mais fáceis, outros mais difíceis. Mas é necessário persistir  e souber investir no seu negócio, o sucesso vem.

Quais as reformas que são necessárias no país para incentivar o empreendedorismo e a  geração de emprego?

Roberto Argenta – Basicamente, o mais importante é diminuir a burocracia e facilitar a abertura de novas empresas, já é muito bom. É claro que é preciso investir em infra-estrutura; priorizar a Educação, a começar pela Educação Infantil. Também é preciso mudar algumas leis que para mim não tem sentido: as pessoas mais de idade sabem quando elas eram crianças, ajudavam os seus pais em coisas pequenas. Hoje em dia parece que isso não pode mais. Então temos que mudar algumas leis que não são funcionais para Educação. Eu podia ir à escola, mas ajudava limpar o pátio de casa, do colégio não fazia mal. Então tem muitas burocracias muitas leis que aparentemente é para proteger as crianças, mas que na verdade não protegem. Então você precisa aprender a se movimentar, a conhecer desde o início, pois antes ela vai se envolver numa atividade. E ela vai crescer num ambiente e começar a aprender que ela precisa se desenvolver, não só estudar e brincar. Também tem começar a pensar em ter um bom emprego ou crescer pelo seu negócio. Os eixos principais das reformas são a estrutura, de melhorias na Educação, que começa lá de baixo e mesmo as próprias faculdades focar naquilo que o mercado demanda, o que ele precisa mais de mais, como engenheiros, eletricistasm agrônimos e entre outros. Vamos trabalhar dessas demandas que a sociedade que o mercado precisa. Um bom técnico tem emprego certo.

Você fez investimentos no Vale do Rio Pardo recentemente.

Roberto Argenta - Fizemos um investimento num novo prédio em Candelária. Qual é o adjetivo ali? Nós vamos ter um modelo de fábrica um pouco diferente. Nós vamos receber matéria-prima cortada da fábrica e depois vai para terceiros. Estes vão costurar e montar e depois volta para a fábrica para conferência e expedição. Ali, em um ano, nesse conjunto, com fábrica e terceiros se produza 40.000 pares/dia. Estamos integrando municípios vários municípios do Centro-Serra ainda, como Sobradinho e Passa Sete, por exemplo. Estamos montando um terceiro ponto em Cachoeira do sul também aí vai também lá para o lado de Santiago. Quer dizer todos esse 40 a 50 municípios terão prestadores serviços que a fábrica inicialmente financia as máquinas, e depois a longo prazo, elas vão retornando.

Como o senhor vê o potencial econômico da nossa região?

Roberto Argenta - Muito forte. A tendência é crescer cada vez, pois o pessoal gosta de trabalhar e de empreender. Santa Cruz é uma cidade estruturada, com empresas fortes. Mantemos algumas relações em especial com a Imply. Também com as empresas vendedoras dos nossos produtos – Marlene Calçados, iria Calçados, entre outras, como a maior empresa de calçados do Brasil e das Américas.

Você já teve já tem uma carreira política como vereador, prefeito e deputado. E agora quer retornar para política como candidato a Governador. O que te levou essa decisão?

Roberto Argenta – A Beira Rio vai bem, o Recanto vai bem e eu nasci para servir. Quero colocar todo esse meu conhecimento a serviço do povo gaúcho. Tenho convicção que sairei o vencedor e que farei um bom governo. Vou focar muito no emprego e na educação. Porque o emprego garante presente e educação garante futuro. E algumas coisas importantes precisam ser feitas, como ter um uma atenção especial para Metade Sul. Hoje muitos jovens da Metade Sul vão para Santa Catarina e Paraná para trabalhar. Outra atenção muito especial é para a prevenção da seca. Tem que pensar em fazer poços artesianos e barragens, tem que reservar a água. Uma tradição de mais de 3 mil anos. Trata-se de uma realidade para que os pequenos produtores não percam sua produção por causa de uma seca. Também temos muita despesa supérflua do Estado: o Palácio das Hortênsias, em Canela, por exemplo.  É um valor muito grande esse investimento precisa ser melhor empregado. Ainda tem em 14 mil imóveis do Estado fora de uso. Áreas do Daer tem em tudo que é lugar, ainda os prédios da antiga Caixa Estadual. Enfim temos que dar uma racionalidade e vender o que pode ser vendido para ser investido na educação, saúde, segurança e dar um destino mais inteligente para ser recurso.


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