O que é o Clubhouse, nova rede social de conversas por voz

Com entrada permitida apenas por convite, plataforma ganhou os holofotes após participação de Elon Musk

Uma rede social de voz, apenas para quem usa smartphones ou outros dispositivos da Apple e que você só pode entrar por convite. Assim é o Clubhouse, aplicativo criado por Rohan Seth, ex-funcionário do Google, e por Paul Davidson, empresário do Vale do Silício.

Lançado em 2020, em maio do ano passado o app contava com 1,5 mil usuários, segundo o The Guardian. O grande ponto de virada foi a participação de Elon Musk na plataforma, para um bate-papo com Vlad Tenev, CEO do Robinhood, na última semana. O volume de pessoas dentro do chat foi tão grande que teve de ser exibido também no YouTube e, é claro, ajudou a aumentar a popularidade da plataforma (que conta com 600 mil usuários atualmente).

Em linhas gerais, funciona da seguinte forma: depois de fazer login com o convite enviado, é possível preencher um perfil pessoal (adicionando nome e foto, como em qualquer outra rede) e seguir para “tópicos de interesse”. Depois de selecioná-los, o aplicativo deve sugerir conversas (grupos de bate-papo) relacionados aos tópicos, além de pessoas para seguir dentro da própria plataforma.

Existem grandes “rodas de conversa” para interesses variados — até para discutir BBB — e também é possível criar chats privados (com amigos, por exemplo). Tudo acontece 100% por voz, dando a impressão de estar ouvindo um podcast constantemente. Gravar as conversas é estritamente proibido – e elas não ficam armazenadas dentro da plataforma, como na Twitch, por exemplo.

A proposta do aplicativo, de acordo com seus fundadores, é a de promover “conversas interesantes” via plataforma. No ano passado, nomes como Drake, Oprah Winfrey e Virgil Abloh se tornaram fãs da plataforma, também adotada na versão beta por profissionais de tecnologia.

Lançado em um ano de restrições de locomoção e de vida social, o Clubhouse pode ajudar a aproximar pessoas para promover conversas que vão além das usuais telas (e das palavras digitadas). Mas, nem só de momentos de descontração vive o aplicativo — há também espaço para networking e trabalho.

Novos nichos

Em uma entrevista concedida recentemente ao NYT, Catherine Connors, ex-diretora de conteúdo na Disney Interactive atua como moderadora em dois programas na plataforma, falando sobre feminismo e sobre filosofia. Ela destaca que muitos dos “influenciadores” dentro da plataforma devem fugir ao estereótipo de jovens das gerações Z e millenials.

“O que é denominado uma pessoa interessante no Clubhouse é diferente da percepção geral de outras redes. Muitas pessoas estão entre os 40 e 50 anos”, explica.

Essa outra frente trouxe um novo grupo para dentro da plataforma, chamado “Everything about moderation”, liderado por Stephanie Simon, ex-consultora da Gucci. Usuários no programa de criadores de conteúdo dentro do Clubhouse foram convidados a participar do chat e trocar experiências.

Em relação às políticas de remuneração de influenciadores, o Clubhouse afirma que deve lançar em fevereiro deste ano novas opções, como recursos de gorjetas, ingressos ou assinaturas para pagar diretamente aos criadores de conteúdo dentro do app, segundo o The Guardian.

Como controlar o que é dito?

Em uma rede social baseada por voz, como controlar o que é dito — e, assim, evitar preconceitos ou ofensas? O Clubhouse divulgou, no fim do ano passado, uma nota condenando todo tipo de preconceitos de raça, religião, discurso de ódio e abuso, divulgando uma série de regras e boas práticas a serem seguidas.

Caso as pessoas infrinjam alguma dessas regras, poderão ser banidas e investigações podem ser conduzidas a respeito de tudo que disserem dentro da plataforma.

Mesmo com as controvérsias, uma coisa é certa: o Clubhouse deve conquistar usuários (e investidores) nos próximos anos. No fim de 2020, foi avaliado em US$ 100 milhões — ainda distante de gigantes como Facebook e Twitter, mas um resultado notável. Atualmente, está avaliado em US$ 1 bilhão.

 

Fonte: https://exame.com/


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